terça-feira, 6 de maio de 2025

Os Especuladores e os Verdadeiros Guardiões da Medicina


 

✨️Os Especuladores e os Verdadeiros Guardiões da Medicina. ✨️
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Nos tempos atuais, onde o sagrado começa a misturar-se com moda e ego, surgiram aqueles que se autoproclamam xamãs, taitas, guias ou curandeiros, mas cujas intenções estão longe do verdadeiro caminho. Eles são especuladores do espírito. Mercadores da dor dos outros. Enrolados em penas, cânticos e cerimônias, mas o remédio está vazio. Eles só procuram o brilho do ouro, não o da consciência. Eles usam plantas sagradas como mercadoria, rituais como espetáculo, e a vulnerabilidade dos outros como fonte de poder.
Estes falsos guias profanam os antigos, não para curar, mas para lucrar. Prometem visões, limpas milagrosas e despertares instantâneos, mas o que semeiam é confusão e muitas vezes mais feridas. Eles não honram os espíritos da selva nem os códigos invisíveis da alma. Eles são imitadores de mistério, e o remédio deles cheira a ambição.
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✨️Mas os outros também existem. Os verdadeiros. Aqueles curandeiros silenciosos, humildes, que entregaram sua vida ao serviço do espírito. Eles andam com os avós, falam com a terra e ouvem as plantas. Não são anunciados, não são adornados com títulos, mas sua presença é saudável. Seu remédio não é apenas o que é tomado, mas o que é transmitido no olhar, no canto, no silêncio.
Estes guardiões recebem com gratidão o que é oferecido de coração. Seu maior pagamento é ver alguém voltar para si mesmo, reencontrar sua alma. Não especulam, não prometem, não controlam. Eles acompanham. Levantem. Seu remédio não é negócio: é legado, é oração viva.
A humanidade precisa despertar o discernimento. Nem todo mundo que fala bonito e se veste ancestral é uma ponte para a luz. É preciso olhar com os olhos da alma e sentir com o coração. Que não sejamos deslumbrados pela forma, mas que nos mova pela verdade profunda que emana do espírito.
Honremos os verdadeiros curandeiros, aqueles que na sombra continuam segurando o fogo sagrado. Eles são faróis à noite. Eles são memória viva. Eles não especulam: semeiam luz. 

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